A história é uma narrativa que se baseia num tipo de discurso calcado no imaginário de uma cultura. As fábulas, os contos, as lendas são organizados de acordo com o repertório de mitos que a sociedade produz. Quando estas narrativas são lidas ou contadas por um adulto para uma criança, abre-se uma oportunidade para que estes mitos, tão importantes para a construção de sua identidade social e cultural, possam ser apresentados a ela.
Qual a diferença entre ler e contar uma história?
São duas coisas muito diferentes, porém ambas muito importantes. Um texto escrito segue as normas da língua escrita, que são completamente diferentes daquelas da linguagem falada. Quando uma criança ouve a leitura de uma história ela introjeta funções sintáticas da língua, além de aumentar seu vocabulário e seu campo semântico. Porém, aquele que lê a história deve dominar a arte de contá-la, estar preparado suficientemente para fazê-lo com apoio no texto, sabendo utilizar o livro como acessório integrado à técnica da voz e do gesto.
Além disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.
Há opiniões divergentes neste campo: alguns autores consideram que o contador sem o livro tem mais liberdade de acentuar emoções, modificar o enredo segundo as reações da criança e portanto, melhor comunicação com o público infantil. Teria ainda mais disponibilidade para trabalhar sua voz e seu gesto.
Somos partidárias, neste aspecto de que o importante é como ler e como contar, porque é preciso que se tenha técnica e preparo para despertar o desejo e o prazer das crianças.
Um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreação. Mas a importância de contar histórias vai muito além. Por meio delas podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.
Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais( toda história tem princípio, meio e fim ) Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças.
• Escolha leituras que tenham ligação direta com o sexo, a idade, o ambiente familiar e o nível sócio econômico da clientela.
• Incentive as crianças diariamente, contando pequenas histórias sem mesmo ter o livro nas mãos.
• Use entonação de voz atraente, sem exageros, faça suspense, faça drama, se emocione, expresse sua opinião sobre o tema e dê oportunidade para que a criança também apresente sua opinião.
• Enriquecer a narração com ruídos (onomatopéias) como miau! Au! Au!
• Movimente o corpo (olhos, mãos e braços), mas sem exageros.
• Evite cacoetes como: aí... então... entenderam... não é?
• Crie a “hora da história”. Na escola, um bom horário é após o recreio para acalmar a turma; em casa pode ser à noite, antes de dormir;
• Determine um dia ou horário para cada aluno ler ou contar uma história. Não force mingúem.
• Em casa, estimule a criança a recontar a história que ouviu; compre livros, dê livros de presente em aniversários, natal e outras festividades;
• Sempre que possível sente-se no nível das crianças.
• Explique quando necessário, o significado das palavras novas.
• Preserve a atenção das crianças no local em que a história está sendo contada. (muito barulho, pessoas estranhas interrompendo, etc.).
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Um comentário:
Meu nome é Vicente Wilians, sou do Rio de Janeiro e estou realizando minha pesquisa para a dissertação do mestrado e o meu projeto é estudar o uso das TIC na escola e de forma mais específica sobre as escolas na qual seus professores tenham participado do curso TIC 100 horas do Proinfo. Estive em um seminário em Cárceres em 2010 e achei a equipe de profissionais de MT muito comprometida com a melhoria da educação. Estou escolhendo as escolas que farei a minha pesquisa no MT e um dos critérios para a escolha da escola está relacionado ao uso do blog nos processo de ensino e educação. Gostaria de saber se você(s) usa(m) o blog com os seus alunos? Seus alunos também criaram blogs? Você realizou o curso TIC 100 horas?
Estou mandando o endereço do meu site e do meu blog para que possa conhecer um pouco sobre a minha pesquisa e meus trabalhos.
Meu site:
http://sites.google.com/site/vicentewilliansnunes
Blog educacional:
http://vwnunes.blog.uol.com.br/
Parabéns pelo seu blog e desde já agradeço a sua atenção.
Saudações,
Vicente Willians
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